sexta-feira, 29 de maio de 2009

Sete Vidas

Acordei excitado... com energia, entenda-se! Ia ter a primeira reunião de Management Team. Tudo corria bem até ao momento que um Salary Man anónimo decidiu acabar com a vida cedinho, pela fresca, saltando para uma das linhas de metro de ligação Tóquio-Yokohama, apinhada às 7h30. Razões? Desconhecidas e ignoradas por todos aqueles que, como eu, desesperavam por chegar a horas. Os altifalantes reportavam em Japonês o que concluí mais tarde tratar-se de Human Damage Delay, a terna sensibilidade Japonesa. Pensei na família do pobre diabo que terá de pagar uma indeminização ao Metro pelo disturbio causado, equivalente a vandalizar uma bomba de gasolina a caminho de um clássico da bola. Com a breca (é linda esta expressão), o homem matou-se, mas estavam todos preocupados com o relógio. Se fosse em Lisboa ainda se percebia, com a vaga de assaltos que por aí anda, um relógio pode esfumar-se em segundos, é melhor mantê-lo debaixo de olho! A cereja no topo do bolo foi ver um funcionário em cada estação que à saída pedia desculpas pessoalmente, com vénias exageradas, e dava aos restantes Salary Men preocupados com o roubo dos seus relógios justificações para estes entregarem aos seus chefes. Talvez seja prudente, não fosse algum outro destes anónimos no desespero do atraso imitar o primeiro. Conto o meu primeiro suicídio, quantas vidas me restaram? Ah, e claro, lá se foi a excitação...

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