Uma particularidade do Japão é o número absurdo de pessoas necessárias para fazer o trabalho de um. Podíamos dizer que em Portugal é a mesma coisa, um gajo cava, os outros fiscalizam e opinam.
Aqui é diferente, fazem todos o mesmo. É como ter dez mãos a atarrachar uma lâmpada, cinquenta dedos cuidadosamente colocados na superfície de vidro para confirmar que não há enganos ou sobressaltos, tudo pelo seguro.
O rapazinho desta fotografia esteve mais de uma semana, o dia inteiro, a guardar uma pertança falha de segurança na estação de Shin-Yokohama do Shinkansen, o famoso "comboio bala". Ao que parece a porta de segurança avariou. Em vez de colocarem um letreiro, colocaram uma pessoa. Há tantas... mas é o mesmo em todo o lado. Nas obras de rua, dá ideia que são mais os tipos a sinalizar a obra, a dizer para os transeuntes se desviarem do burado, devidamente sinalizado e vedado, que propriamente os que estão a trabalhar na dita obra. 
E o que dizer da fila de "desentaladores" da estação de Nakameguro? Quando há uma pessoa presa em mais que uma porta, cada um corre para o seu e resolvem a coisa em menos de cinco segundos, sabem perfeitamente o que fazer e da forma mais eficiente. Se fosse em Portugal havia só um, gordo, de bigode, com a farda demasiado pequena para o seu porte, que se alguém ficasse preso na porta do comboio, avançaria devagarinho com o cigarro no canto da boca e rebentava a porta e a pessoa entalada com um pé de cabra. Se houvesse mais do que um, "calma, este menino dá para todos... qual é a pressa, querem ir trabalhar?"
Com tanta redundância, é claro que há malta que aproveita para não fazer nada. É o caso do meu colega Kaneko, o gajo aparece nas reuniões e dorme que nem um leão, parece que está sempre com os copos... também com um nome destes... mas no Japão há empregos do Kaneko!



E o que dizer da fila de "desentaladores" da estação de Nakameguro? Quando há uma pessoa presa em mais que uma porta, cada um corre para o seu e resolvem a coisa em menos de cinco segundos, sabem perfeitamente o que fazer e da forma mais eficiente. Se fosse em Portugal havia só um, gordo, de bigode, com a farda demasiado pequena para o seu porte, que se alguém ficasse preso na porta do comboio, avançaria devagarinho com o cigarro no canto da boca e rebentava a porta e a pessoa entalada com um pé de cabra. Se houvesse mais do que um, "calma, este menino dá para todos... qual é a pressa, querem ir trabalhar?"

pagam bem?
ResponderEliminarE quantos programadores são precisos para fazer uma tool? :)
ResponderEliminarContinua com estes precisos posts.
Pagam bem, pagam... :)
ResponderEliminarProgramadores, um por tecla! Daniel, por simplicidade ficavas com o D... ias ter dois coordenadores, redundantes! :P
hum…
ResponderEliminarsodasse né
Wakarimashita...
ResponderEliminarO nome Kaneko (金子), significa "Menino d'Oiro" — mera curiosidade.
ResponderEliminarÉ realmente um nome bastante comum por cá.
Mas que a malta de cá, pelo menos nas obras, trabalha bem, lá isso trabalha. Pelo menos cada empreitada que observo aqui por Kyushu, leva 1/5 do tempo que igual obra leva a completar em Portugal.
NBJ, Hakata, Kyushu
Boas estou a gostar mesmo de ler este blog.
ResponderEliminaro Japão fascina-me conto para o ano que vem fazer uma visita a tokyo vai ser de loucos, principalmente por não falar japones e não conhecer absolutamente nada.
Cumprimentos